Aindanos dias de hoje, a falta de saneamento básico no Brasil é um problema que impacta a sociedade em diversos âmbitos, causando prejuízos sociais, ambientais e econômicos. A ausência do acesso à água tratada e à coleta e ao tratamento de esgoto contribuem para a proliferação de doenças variadas, causando superlotação da rede pública de saúde e, consequentemente, um alto gasto para acomodar todos os afetados por essas doenças.
Para ilustrar a situação, de acordo com dados do Painel de Saneamento Brasil, em 2022, o país teve 191.418 pessoas internadas, em decorrência de sintomas das doenças de veiculação hídrica, o que gerou 87.681.656,99 de reais em gastos para os cofres públicos. No Sudeste, o número de interações chegou a 36.330 e as despesas foram de 21.811.298,96 reais. Já no estado de Minas Gerais, em 2022, o sistema de saúde internou 11.439 pacientes e teve um gasto de 5.725.231,64 reais. E em Viçosa, foram registradas 25 internações decorrentes de doenças de veiculação hídrica, o que gerou uma despesa de 16.348,59 reais.
Contudo, quando são analisadas áreas vulneráveis socialmente, os impactos negativos da falta de saneamento ficam mais evidentes. Por exemplo, no Sudeste, onde cerca de 19% da população não tem acesso a coleta de esgoto, o índice de internações por doenças de veiculação hídrica por 100 mil habitantes é de 42,82, já na região Norte, onde aproximadamente 85% da população não tem acesso a coleta de esgoto esse índice sobe para 187,18.
Portanto, o saneamento básico consiste em um conjunto de serviços que auxiliam na preservação do meio ambiente e ajudam a garantir melhores condições de vida para as pessoas.Sancionada em 2020, a Lei Federal nº 14.026, chamada de o novo Marco Legal do Saneamento, tem o objetivo de universalizar o acesso a esse serviço para os brasileiros, oferecendo dignidade a parcela da população que não tem coleta de esgoto e água tratada,reduzindo assim as taxas de internação e os gastos com a saúde pública.
Viçosa