Como vimos anteriormente, a falta de saneamento básico está diretamente relacionada ao aumento da incidência de internações provenientes de doenças de veiculação hídrica. Em Viçosa, por exemplo, no período de 2018 a 2021, uma pequena ampliação do acesso ao saneamento básico contribuiu para uma considerável redução da incidência de internações: de 5,62 para 2,50, por 10 mil habitantes.Segundo um estudo realizado pelo Banco Nacional do Desenvolvimento (BNDES), cerca de 65% das internações hospitalares infantis são provocadas pela carência de saneamento básico adequado, como falta de acesso à água tratada e aos serviços de coleta e tratamento de esgoto. Só a diarréia é responsável pela morte de 361 mil crianças com menos de 5 anos no mundo, anualmente. No entanto, o acesso à coleta de esgoto e à água tratada poderiam evitar 88% dessas mortes. Esses números são preocupantes e refletem tanto nos índices de mortalidade infantil como nas despesas públicas com internações hospitalares.Se todos tivessem acesso à coleta de esgoto, poderíamos evitar 130 mil internações por ano aqui no Brasil, segundo o levantamento do Instituto Trata Brasil (2021). Isso ocasionaria uma economia aos cofres públicos pois, para se ter uma ideia, o custo de uma internação por infecção gastrointestinal, pelo SUS, é de R$355,71 por paciente. No ano de 2021, a despesa com internações por doenças de veiculação hídrica foi de R$57.791.900,15. Foto: Cidades Inteligentes Foto: Biodiesel Brasil Fontes: BRK Ambiental, BNDES, Instituto Trata Brasil, Painel de Saneamento.
Viçosa