Como vimos anteriormente, a falta de saneamento adequado está diretamente relacionada à proliferação de doenças. No caso específico do esgoto, o simples afastamento dos dejetos das unidades habitacionais faz diferença na saúde das pessoas. Isto porque a incidência de doenças aumenta consideravelmente em locais onde o esgoto é despejado a céu aberto, ou seja, quando não há ligação entre o esgotamento residencial e a rede coletora. Em aglomerados urbanos mais adensados, quando as habitações são muito próximas umas das outras, um único descarte irregular pode colocar em risco uma comunidade inteira. Desta forma, pode-se inferir que um dos principais objetivos da ampliação das redes coletoras é o afastamento do esgoto das residências, visando a saúde e o bem-estar da população, além da preservação do meio ambiente. Foto: EOS Consultores No Brasil, algumas das principais doenças causadas pela exposição a ambientes sem rede coletora, são: a leptospirose, a disenteria bacteriana, a esquistossomose, a febre tifóide e a cólera. Dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), conforme reportagem do Jornal da USP (2020), mostram que 88% das mortes por diarreia, no mundo, são causadas pela falta de saneamento básico adequado. As crianças sofrem mais, sendo 84% do montante. Entretanto, este número pode diminuir com a aplicação de políticas públicas efetivas sobre o tema. Neste sentido, o Novo Marco Legal do Saneamento Básico (2020), aparece como uma esperança.Todavia, apesar da regulamentação, pela Lei nº 14.026/2020, o governo brasileiro admite que não conseguirá cumprir a meta de saneamento estipulada. Segundo dados do SNIS (2021), o Brasil ainda possui 33,5% das casas sem rede coletora de esgoto. Em Minas Gerais, o número cai para 22,1% e, em Viçosa, cerca de 17% do esgoto não é coletado. Foto: Silva Junior/Folhapress Fontes: Água e Saneamento, SNIS (2021), G1/Jornal Nacional, Outras Mídias, Eco Nordeste, EOS Consultores, Folha de São Paulo/Folhapress.
Viçosa