Você sabe como separar e descartar corretamente os resíduos gerados em sua casa? 

Primeiramente é importante lembrar que nem todo resíduo é, necessariamente, lixo, e grande parte da matéria descartada pode ser reaproveitada.

De acordo com uma pesquisa realizada pela ABREMA (Associação Brasileira de Resíduos e Meio Ambiente) em 2024, apenas 4% do lixo produzido pelos brasileiros é reciclado.

A forma como a população descarta o próprio lixo residencial impacta diretamente na qualidade e no bom funcionamento ecológico do meio ambiente, sem contar com os impactos que podem ser percebidos ainda nas cidades: contaminação da água potável e do solo, proliferação de doenças, emissão de gases prejudiciais e degradação da paisagem são algumas das consequências. 

Além disso, uma ocorrência bastante comum no meio urbano tem sido o entupimento de bueiros e canais de escoamento, situação que pode provocar inundações nos municípios em períodos chuvosos.

Separar os resíduos por tipo antes de descartá-lo é uma maneira simples de contribuir para a preservação da terra. Para isso, é preciso conhecer quais são as quatro categorias de resíduos residenciais.

Os resíduos orgânicos são aqueles que podem ser depositados em uma composteira para serem transformados em adubo. São, por exemplo, restos de comidas, folhagens, borra de café ou poeira doméstica. 

Já os materiais recicláveis são aqueles que podem ser convertidos em novos produtos, como papel, plástico, metal e vidro. Quando o lixo reciclável não é separado do orgânico, o processo se complica para os agentes da reciclagem, que precisam realizar essa separação além de lavar as peças. Esse processo faz com que a reciclagem gaste mais água do que seria necessário se o lixo fosse devidamente separado e lavado dentro de casa.

Rejeitos como papel higiênico usado, fraldas descartáveis, absorventes íntimos, cotonetes ou esponjas de cozinha se enquadram entre aqueles que não possuem valor para reciclar. Mas, ainda assim, é necessário separá-los corretamente para que sejam destinados aos aterros sanitários, de modo a reduzir os impactos negativos no meio ambiente.

Por fim, são resíduos especiais as lâmpadas, pilhas, medicamentos, eletrônicos ou óleo de cozinha. Para essa categoria, é necessário ainda mais cuidado na separação, pois são materiais que possuem componentes tóxicos e perigosos, o que potencializa a chance de contaminação do solo e da água, além da proliferação de doenças.