O esgoto doméstico é aquele que vem das residências e dos comércios, provenientes de banheiros, cozinhas e lavanderias. É composto de 99% de líquidos e apenas 1% de sólidos, formado por excretas (urinas e fezes), águas de banho e de lavagem de roupas e louças, além de resíduos de detergentes e amaciantes.

Devido ao elevado teor de microrganismos presentes em sua composição, é considerado altamente poluidor da natureza, contaminando solo e água, trazendo prejuízos para a fauna e a flora. Para os seres humanos, constitui agente causador de doenças graves, como: esquistossomose, leptospirose e cólera. Vale lembrar, ainda, que essas e outras doenças infecciosas e parasitárias podem levar as pessoas à inatividade ou reduzir sua potencialidade para o trabalho, interferindo, assim, no sistema econômico.

O correto tratamento desses dejetos contribui para a proteção do meio ambiente, principalmente na despoluição dos cursos d’água, essencial para a sobrevivência das espécies aquáticas, incluindo peixes e plantas. Em situações ou localidades específicas, esse tratamento dá, ainda, um fim sustentável aos efluentes domésticos, de forma que a água seja economizada e bem aproveitada através do reuso, ou seja, água não potável, mas com qualidade suficiente para ser empregada em fins diversos, especialmente em processos industriais.

Outras vantagens do adequado destino e tratamento dos efluentes podem ser vistos no sistema de saúde, com eficaz redução das incidências e internações por doenças provenientes de veiculação hídrica, por exemplo.