A falta de saneamento básico e a precariedade desses serviços continua sendo realidade em muitos municípios brasileiros. De acordo com o Instituto Trata Brasil, cerca de 35 milhões de brasileiros não possuem acesso ao atendimento de água e por volta de 100 milhões de pessoas também não têm acesso à coleta e tratamento de esgoto. Além disso, o esgoto não passa pelo devido tratamento em diversos municípios brasileiros, sendo descartado incorretamente na natureza.Com isso, uma das principais consequências é a ocorrência de doenças por veiculação hídrica. As principais doenças que afetam a população brasileira, por conta do despejo incorreto de esgoto, são as doenças gastrointestinais infecciosas, febre amarela, dengue, leptospirose, malária e esquistossomose.Ao observar o cenário de Viçosa, podemos notar algumas doenças hídricas mais ocorrentes, sendo elas: diarréia aguda, dengue, esquistossomose, leptospirose, hepatite A e toxoplasmose gestacional. Dentre elas, as doenças mais ocorrentes foram a diarréia aguda e a dengue. Em Viçosa, a diarréia aguda já chegou a alcançar 1.585 casos no ano de 2015, diminuindo progressivamente para 306 em 2021. Enquanto isso, a dengue registrou seu pico de casos em 2016, sendo 3.247 acometidos pela doença, caindo para 6 casos em 2022.Apesar da queda no número de casos na cidade, ainda é de extrema importância o cuidado para que esses números não voltem a subir, e este cuidado vem através das medidas de prevenção. Cada doença requer um cuidado específico, mas todas circundam a atenção e a necessidade de higiene pessoal, coletiva e ambiental. De modo geral, para evitar a proliferação dessas doenças, é necessário realizar o descarte correto do lixo, evitar contato com água contaminada e consumir apenas água filtrada ou fervida, lavar adequadamente os alimentos, principalmente os que serão consumidos crus, higienizar corretamente as mãos, e sempre que se sentir doente, ficar em casa e procurar ajuda médica.